Cap. 272
— Onde está meu filho? – pergunta de forma seca e direta um apreensivo Cedro Vermelho.
Padre, igualmente seco e direto: — No barco?
Cedro: — Vivo?
Padre: — Por enquanto.
Um sinal de cabeça de Cedro Vermelho e Urso Negro vai até o bote junto com outro guerreiro.
O chefe dos Pés Pretos acompanha cada passo e Urso consegue sentir o peso do olhar do pai em suas costas enquanto avalia a condição de seu irmão.
Ele se volta para o pai, que nem precisa ouvir a opinião, basta a expressão de dúvida e tristeza no rosto do indígena após ver Cobra Traiçoeira ensanguentado no piso do bote.
— Vamos para a aldeia. — decreta Cedro Vermelho.
Westwood: — Por mim, tudo bem. Alguém tem alguma coisa contra?
O médico permanece em silêncio com a cabeça voltada para seu moribundo paciente. Ele consegue visualizar a expressão que deve estar no rosto do Westwood agora, mas decide deixar para continuar essa discussão quando puder colocar discretamente ervas laxativas na bebida do padre.
Augustus sai do bote e monta no cavalo do doutor, ciente de que só atrapalharia William e Sarah.
Os demais guerreiros descem de suas montarias e começam a espetar a neve com suas lanças.
— Para que isso? – questiona Augustus e a resposta de Cedro Vermelho é um sinal de silêncio que o delegado obedece até ouvir um dos guerreiros gritando:
— Aqui!
A lança sai da neve avermelhada e outros Nativos se aproximam e começam a cutucar o local também.
— Eles ainda estão por aqui. Vamos caçar quantos pudermos antes que fujam e se juntem novamente.
Por cima do ombro, Augustus vê um guerreiro se esforçando para trazer a lança de volta do meio da neve. Ele recebe ajuda e conseguem trazer à tona um Windigo, sangrando com várias perfurações no corpo.
Em segundos, mais guerreiro se agrupam em volta do inimigo e desferem mais golpes de lança e machadinha até se certificarem que está morto.
Na verdade, alguns continuaram golpeando mesmo depois de terem certeza da morte.
Cedro começa a cavalgar: — Vamos.